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Efeitos da obsolência programada no Brasil

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ”Efeitos da obsolência programada no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Obsolência Programada

A Obsolescência programada é uma das grandes responsáveis pelo aumento do consumo e da geração de lixo.

por Rodolfo Alves Pena, em Brasil Escola

Obsolescência Programada, também chamada de obsolescência planejada, é quando um produto lançado no mercado se torna inutilizável ou obsoleto em um período de tempo relativamente curto de forma proposital, ou seja, quando empresas lançam mercadorias para que sejam rapidamente descartadas e estimulam o consumidor a comprar novamente.

Esse fenômeno é comumente associado ao processo de globalização, entretanto, o seu início pode estar vinculado à Grande Depressão de 1929. Durante a profunda crise econômica que marcou esse período, diante de um mercado consumidor impotente, observou-se que havia muitos produtos industrializados em estoque e que não eram comercializados, diminuindo o lucro das empresas, aumentando o desemprego e, consequentemente, reduzindo o consumo e aumentando a crise.

Diante disso, observou-se que produtos duráveis desfavoreciam a economia, pois reduziam o consumo. Entre os economistas norte-americanos, tornou-se popular o jargão “Um produto que não se desgasta é uma tragédia para os negócios”.

O exemplo mais citado por estudiosos, críticos e especialistas no assunto foi um cartel organizado por grandes empresas que produziam lâmpadas. Elas se organizaram para reduzirem o tempo de vida útil de uma lâmpada a fim de aumentarem as vendas dos produtos. Sabe-se que a primeira lâmpada inventada durou cerca de 1.500 horas; no início do século XX, as lâmpadas tinham uma vida útil média de 2.500. Entretanto, após a Grande Depressão e a formação do cartel, o tempo de vida útil foi reduzido abruptamente para 1.000 horas.

Esse exemplo é retratado no documentário Comprar, tirar, comprar, produzido em 2011, na Espanha, e dirigido por Cosima Dannoritzer. Tal caso é representativo da obsolescência técnica, quando as condições de uso do produto obrigam uma nova compra. Além desse tipo, existe também a obsolescência psicológica, quando o consumidor, mesmo tendo um produto em bom estado de conservação, resolve comprar um novo e descartar o antigo.

Outra exemplificação dessa situação foi o caso do lançamento do iPad 4, da empresa Apple, que foi processada pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática por lançar a versão poucos meses depois de ter colocado em circulação o iPad 3. Os usuários desse produto, diante do lançamento de uma nova versão que praticamente não apresentava diferenças técnicas, viram o seu produto como obsoleto e procuraram comprar a nova versão. Vale lembrar que essa não é uma ação de uma única empresa, mas uma tendência coletiva de mercado.

O consenso entre os especialistas em tecnologia e mercado consumidor é estabelecer campanhas de contenção do consumo desenfreado, bem como a adoção de medidas que visem ao combate à obsolescência programada por parte dos fabricantes. Isso porque tal processo pode trazer sérios danos ao meio ambiente, uma vez que mais consumo gera mais lixo, que tem de ser descartado, agredindo, assim, o meio natural.

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TEXTO II

Quanto que o Brasil produz de lixo eletrônico?

O Brasil é um dos países que mais toneladas de lixo eletrônico (TVs, celulares e impressoras) abandona a cada ano dentre os países emergentes, com exceção da China. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil não tem estratégia para amenizar o problema do lixo eletrônico, pois são usados tóxicos que prejudicam o meio ambiente e também o ser humano. Não só o Brasil mais o mundo em si precisariam de regras melhores para enfrentar as crescentes montanhas de lixo eletrônico principalmente nos países desenvolvidos (FANTASTICO, 2010).

Ainda segundo a reportagem, as empresas que fabricam computadores e celulares pretenderiam vender cerca de 14 milhões de computadores e 68 milhões de celulares em 2010. Com estes números em vendas, dá para perceber que vem mais lixo por ai. Como forma de conscientização poderiam ser enviados os materiais que ainda podem ser uteis para escolas públicas e comunidades pobres. E o que não tem mais utilidade seguiria para as empresas certificadas de reciclagem. (FANTASTICO, 2010).

Segundo dados do site Estadão (CHADE, 2010) o Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria.

Por ano cada brasileiro descarta 0,5 kg de lixo eletrônico (PORTAL EXAME, 2010). Informações sobre e-lixo ainda são escassas. Ainda não há uma avaliação completa o que torna a população brasileira leiga neste assunto. Grande parte da população não sabe lidar com o e-lixo. Diante desta verdade a ONU pede para que cada país comece a tomar estratégias para acabar com o crescimento do e-lixo. Em 2012 espera-se que o número de computadores existentes no país chegue à marca dos 100 milhões de unidades (ÁVILA, 2010).

Os gráficos das figuras a seguir apresentam as quantidades de lixo eletrônico gerado pelos países emergentes. Estes dados foram extraídos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, 2010). Nota-se que o Brasil produz 366 milhões de toneladas de lixo por ano. Deste total 137 mil são de TVs, 96.8 mil de PCs, 115 mil de geladeiras e 17 mil de impressoras.

Figura 1: Produção de lixo eletrônico a partir de computadores nos países emergentes.

Figura 2: Produção de lixo eletrônico a partir de celulares nos países emergentes.

Figura 3: Produção de lixo eletrônico a partir de impressoras nos países emergentes.

Figura 4: Produção de lixo eletrônico a partir de televisores nos países emergentes. 

O infográfico da Figura 5 apresenta uma animação com as mesmas quantidades de lixo eletrônico gerado pelos países emergentes. Esta animação é apresentada por por (CHADE, 2010) no site do jornal O Estado de São Paulo.

Fonte: http://nti.ceavi.udesc.br/e-lixo/index.php?makepage=quanto_o_brasil_produz

TEXTO III

Fonte: Publicado: 20 Jul 2015. https://techinbrazil.com.br/gerenciamento-de-lixo-eletronico-no-brasil

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