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FIGURAS DE LINGUAGEM I – FIGURAS DE PALAVRA E DE PENSAMENTO

FIGURAS DE LINGUAGEM I – FIGURAS DE PALAVRA E DE PENSAMENTO

Aprenda sobre Figuras de Palavra e de Pensamento.

ESTILÍSTICA

Quando falamos em Estilística estamos realmente falando da parte da gramática que estuda o estilo, entendendo por estilo um conjunto de características e de usos de linguagem representativos da intencionalidade do enunciador e capazes de estabelecer distinção entre dois textos.

Quando diretamente relacionada à Semântica, a Estilística ocupa-se significação contextual e expressiva das palavras e expressões, baseando-se nas suas possibilidades de plurissignificação. Pode, também, dar conta de modelos de construção gramatical, desde que sirvam à expressividade. Contudo, sua principal área de atuação reside no par conotação/denotação e no estabelecimento da linguagem figurada.

Normalmente encontraremos a base para a análise da Estilística nos textos literários, já que “a linguagem literária desvia-se, sistematicamente, da norma padrão com o objetivo de colocar em primeiro plano as propriedades linguísticas do texto e de desfamiliarizar as percepções automatizadas do leitor”. Outro campo de análise será a linguagem publicitária que utiliza diversos jogos de palavras e sentidos em sua tarefa de persuadir os consumidores.

LINGUAGEM FIGURADA

Procura da Poesia

(…)
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
(Carlos Drummond de Andrade)

O poeta Drummond ensina que as palavras podem apresentar múltiplos significados, dependendo do contexto em que as utilizemos. A essa possibilidade de uma palavra apresentar diversos sentidos chamamos polissemia. Alguns desses sentidos nos remetem à ideia original da palavra, isto é, seu sentido primordial, denotativo. Outros ganham um sentido dentro do contexto em que são usados, o chamado sentido figurado ou conotativo.

No mesmo poema, Drummond fala que as palavras, antes da poesia, ficam em “estado de dicionário”, isto é, apresentando apenas sua significação objetiva, ligada diretamente à necessidade em se nomear determinado ser ou processo. Contudo, podem-se usar as palavras atribuindo-lhes novos sentidos de acordo com a intenção, com o estilo a que se propõe. Alguns desses sentidos são absolutamente comuns (ainda que se distanciem do significado original) formados por associações ou aceitos culturalmente como tais. É o que ocorre com a palavra coração que, por extensão e associação, pode significar amor, paixão ou até mesmo ser usada como adjetivo.

Desta maneira, pode-se entender que as figuras de linguagem são manifestações do indivíduo na intenção estilística de explorar usos da língua em determinados contextos, buscando a superação da linguagem em prol de maior expressividade para o texto. É sempre útil alertar que as figuras dependem da intenção e, normalmente, do contexto em que são empregadas para que se as possa realmente considerar.

Entre as várias maneiras de obterem-se tais efeitos, faz-se uma divisão entre as figuras. Duas delas apresentaremos aqui:

Aquelas que manifestam suas relações através de expressões que se revelam possuidoras de outros sentidos, as figuras de pensamento; e aqueles chamamos tropos linguísticos – por alguns considerados figuras de palavra – em que os termos são usados em sentido conotativo para sua realização.

FIGURAS DE PENSAMENTO

Antítese – Consiste na oposição entre duas ou mais ideias, onde os conceitos se contrapõem, mas não se excluem.

“Os jardins têm vida e morte”

No caso de os conceitos tornarem-se irrealizáveis, teremos um paradoxo:

“Rio de neve em fogo convertido”
(L. Camões)

Apóstrofe – é uma invocação ou interpelação direta às pessoas ou seres personificados.

“Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?!”
(Castro Alves)

Comparação ou símile – é o estabelecimento de uma comparação entre duas ideias, através do uso explícito de um conectivo ou de uma construção marcantemente comparativa.

“Seus olhos brilhavam mais do que as estrelas”
“A saudade bateu foi que nem maré”
(J. Vercillo)

Eufemismo – é uma forma suave de expressar alguma mensagem desagradável, forte ou socialmente desvalorizada. Com o aparecimento do comportamento “politicamente correto”, o eufemismo ganha uso corrente, seja nas empresas – como forma de prestigiar funções subalternas com nomes imponentes – seja no cotidiano, em que o uso de algumas expressões passou a soar preconceituoso ou grosseiro.

“Ela deu o último suspiro”

“Meu avô trabalhava como um humilde chefe de recepção de edifícios”

Quando se utilizam expressões para satirizar ou mesmo fazer um uso popular diante determinada situação, temos o disfemismo.

“O bandido vestiu o paletó de madeira”

Gradação – configura-se como uma sequência de palavras, sejam sinônimas ou não, promovendo a intensificação de uma ideia.

“O trigo nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se, mediu-se”
(Pe. Antônio Vieira)

Hipérbole – consiste no exagero deliberado de uma afirmação.

“Ela chorou rios de lágrimas”

Ironia – consiste em dizer justamente o oposto do que se pretende.

“Este goleiro é excelente: dez falhas numa única partida…”

Perífrase – é o emprego de vários vocábulos para expressar um único nome.

“O Poeta dos Escravos”
(Em lugar de Castro Alves)

Prosopopéia (ou Personificação) – é a atribuição de vida e vontade própria a seres inanimados.

“Os penhascos gemiam”

Sinestesia – consiste em mesclar numa mesma expressão sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

“Um grito áspero revelava todo o seu medo.”

‘TROPOS’ LINGUÍSTICOS – AS FIGURAS DE PALAVRA

Consideram-se tropos as palavras tomadas fora de seu sentido original, explorando claramente as possibilidades de significação contextual, sendo utilizadas em sentido conotativo. É comum também a designação desse processo como figuras de palavra.

Metáfora – figura que realça os aspectos conotativos de um vocábulo, ensejando uma comparação imediata.

“Seus olhos eram estrelas”

“Alessandra é uma flor”

Metonímia – Existe quando o significado sugerido pelo termo resulta de uma aproximação de ideias, empregando um termo no lugar de outro, com o qual mantém uma relação de contiguidade (autor pela obra, todo pela parte, lugar pelo produto, efeito pela causa etc.). Note que, quando se fala em metonímia, sempre haverá uma substituição de uma ideia pela outra.

“Vivem sem teto” (sem casa)
“Pegar um níquel” (uma moeda)
“Ele comeu dois pratos” (a comida contida nos pratos)
“Pedir a mão da moça em casamento” (a própria moça, não só a mão)
“Coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do rosto.”
(Machado de Assis)

Catacrese – é a figura que confere novo emprego a um vocábulo, por falta de termos apropriados.

“O pé da mesa quebrou”

“Apoiou-se, então, nos braços da cadeira”

Antonomásia – é um caso especial de metonímia, através do qual um nome próprio é substituído por uma circunstância ou qualidade a ele intrinsecamente relacionada.

“O Genovês salta os mares…”
(Castro Alves)
(o termo “Genovês” se refere a Cristóvão Colombo)

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