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PERÍODO COMPOSTO IV – ORAÇÕES REDUZIDAS E ORAÇÕES COORDENADAS

PERÍODO COMPOSTO IV – ORAÇÕES REDUZIDAS E ORAÇÕES COORDENADAS

Aprenda sobre as Orações Subordinadas Adverbiais. 

O QUE SÃO ORAÇÕES REDUZIDAS

Algumas orações subordinadas aparecem de forma diferente daquela que lhe é mais característica, apresentando o verbo (principal ou auxiliar) nas formas infinitas: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Não se deve confundir forma infinita, nome dado às formas nominais do verbo como infinitivo, uma dessas formas nominais. Tais formas chamam-se nominais, pois assumem valores e funções típicos de nome; o infinitivo, normalmente, como substantivo; o gerúndio, como advérbio; e o particípio, como adjetivo.

As orações reduzidas caracterizam-se principalmente por apresentar o verbo em suas formas nominais. Além disso, apresentam outra característica marcante: a ausência do conectivo oracional. Desta forma, podem-se reconhecer as orações por estes dois traços:

1. Verbo principal ou auxiliar nas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio

2. Ausência de conectivo

As orações reduzidas classificam-se normalmente como subordinadas substantivas, adjetivas ou adverbiais, somente se acrescenta a denominação reduzida e a forma nominal do verbo. Alguns gramáticos recomendam “desenvolver” a oração para lhe evidenciar a função, contudo, tal método só deve ser utilizado como forma de confrontar e comparar classificações, de modo a esclarecer alguma eventual dúvida.

PARTICULARIDADES DAS REDUZIDAS

a) Infinitivo x futuro do subjuntivo

Muitas vezes o futuro do subjuntivo apresenta forma homônima ao infinitivo. O futuro do subjuntivo indica uma ação tomada como possível ou de desejada ocorrência em um tempo posterior ao atual, ao passo que o infinitivo não denota relação temporal. O futuro do subjuntivo aparece em orações desenvolvidas, jamais nas reduzidas.

Se você prestar atenção, compreenderá a matéria.
(futuro do subjuntivo – a oração é adverbial condicional desenvolvida)

Sem prestar atenção, será difícil compreender a matéria.
(infinitivo – a oração é adverbial condicional reduzida)

b) Locuções verbais

Quando há uma locução verbal, é o verbo auxiliar que indica a classificação da oração reduzida.

Tendo de partir logo cedo, acorde-me.
(reduzida de gerúndio)

c) Orações desenvolvidas sem conectivo x orações reduzida

Por vezes uma oração subordinada pode não apresentar o conectivo, seja porque existe elipse do termo, seja por assindetismo.

Espero sejas feliz.
(elipse da conjunção subordinativa que)

Quem espera sempre alcança.
(desenvolvida assindética)

d) Orações adjetivas reduzidas de particípio

Alguns autores não admitem a existência desse tipo de oração, avaliando-se o particípio, por seu natural valor adjetivo como simples adjunto adnominal. Reforça-se tal ideia pela inexistência de um sujeito próprio para a forma, o que indicaria que, nesses casos, não funcionaria como verbo, mas com seu valor nominal adjetivo.

Ele tentou fechar uma janela balançada pela ventania.
(adjunto adnominal)

Contudo, os defensores da classificação de tais construções como orações reduzidas, percebem a possibilidade de
desdobramento em oração desenvolvida, em construção formada por pronome relativo.

Ele tentou fechar uma janela que era balançada pela ventania.
(oração adjetiva restritiva)

Como a classificação como oração depende de um desdobramento e tal método deve ser usado como auxiliar na erradicação de dúvidas, não traz vantagem significativa essa classificação, optando-se por considerar tais formas como adjuntos, visto que, ainda que haja certo valor temporal na forma, persiste sempre a ausência de sujeito.

ORAÇÕES COORDENADAS

A coordenação se estabelece entre duas orações por meio de conjunção (síndeto) coordenativa ou pela simples justaposição das orações. Assim, a presença ou não deste síndeto divide essas orações em dois grupos: assindéticas e sindéticas.

a) Orações coordenadas assindéticas

Não são introduzidas por nenhum tipo de conjunção.
As pessoas aparecem na sua vida, trazem sorrisos, dão adeus, levam nossa alegria.
(orações coordenadas assindéticas)

b) Orações coordenadas sindéticas

São introduzidas por conjunção coordenativa. A oração sindética leva o nome da conjunção que a introduz: aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa.

• Aditivas:

Indicam um acréscimo à informação da outra oração à qual se conecta. São introduzidas normalmente por e, nem, mas também.

Fomos à festa e dançamos o tempo todo!

• Adversativas:

Introduzem uma oposição forte ao que foi enunciado na outra oração. Caracteriza-se principalmente pelas conjunções mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto.

O preço era alto, mas pagamos mesmo assim.

• Alternativas:

Esse tipo de oração pode tanto estabelecer uma relação entre ações que não ocorrem simultaneamente, mas de forma alternada; quanto indicar opções ou alternativas por meio de suas orações. Suas conjunções características são ou, ou… ou, ora… ora, quer… quer, seja… seja.

Ora as crianças brincavam em conjunto, ora brincavam sozinhas.
(relação de alternância entre ações)

Você pode cortar o cabelo ou pintá-lo.
(relação de estabelecimento de opções)

• Conclusivas:

Introduzem o resultado de um raciocínio exposto na outra oração. A conclusão é normalmente apresentada por logo, portanto, por isso, pois.

Não havia copos para todos, por isso dividimos os disponíveis.

• Explicativas:

São as orações que apresentam a explicação sobre algo enunciado na outra oração. É comum que as explicativas venham na sequência de sentenças imperativas. As conjunções que lhe dão forma são que, porque, pois.

Saia daqui, que não gosto destas brincadeiras!
(oração coordenada sindética explicativas)

PARTICULARIDADES

Causa x explicação

As orações coordenadas sindéticas explicativas apresentam conjunção que pode também guardar valor causal, por isso há grande controvérsia sobre a distinção de tais orações. Contudo, há alguns artifícios que podem ser aplicados para auxiliar nessa classificação:

• A oração explicativa admite pausa forte, podendo ser indicada por ponto e vírgula ou dois pontos, o que não ocorre nas causais.

• O conectivo explicativo pode ser omitido sem prejuízo do entendimento da frase, o que normalmente não acontece nas causais.

• A oração explicativa normalmente tem como antecedente uma oração que apresenta verbo no imperativo, em clara indicação de tempo futuro.

• Na maior parte das ocasiões em que temos uma oração causal, pode-se anteceder a oração com o conectivo substituído por como.

• Denota-se a circunstância de causa ao se trocar o conectivo da oração pela preposição por seguida da mudança do verbo para seu infinitivo, de maneira a criar uma oração reduzida. Não havendo modificação do sentido, tem-se oração causal.

É importante ressaltar que a causa sempre antecede o fato da outra oração e que deve ser gerador da sua existência, assim, toda oração principal deve equivaler semanticamente à consequência da oração subordinada.

A menina não foi à escola porque estava doente.

Neste exemplo, a oração sublinhada, aplicados os critérios expostos, é subordinada causal: não admite uma pausa forte, seu conectivo não pode ser omitido, o verbo da outra oração não está no imperativo, podese fazer a inversão (Como estava doente, a menina não foi à escola), e, por fim, pode-se criar a oração reduzida sem mudança no sentido da frase (A menina não foi à escola por estar doente).

Não chore, porque eu estou aqui.

Já neste exemplo, a oração é coordenada explicativa quando se lhe aplicam os critérios: há uma pausa forte que a introduz, pode-se omitir seu conectivo (Não chore, eu estou aqui), o verbo da outra oração está no imperativo, não é possível a inversão sem a perda do sentido original (*Como eu estou aqui, não chore.), e a criação de uma oração reduzida mudaria completamente o sentido da frase (Não chore por eu estar aqui).

Pois explicativo x pois conclusivo

A conjunção pois aparece como um marcador tanto de conclusão quanto de explicação. Para identificar seu valor semântico, deve-se observar a posição do conectivo em relação à oração da qual faz parte. Caso a conjunção anteceda o verbo de sua oração, será explicativo; caso o suceda, será conclusivo.

Aquele rapaz está com muito dinheiro, pois comprou um carro novo fantástico.
(a conjunção antecede o verbo)

Aquele rapaz comprou um carro novo fantástico; está, pois, com muito dinheiro.
(a conjunção vem depois do verbo)

Valor semântico

Em alguns casos, a utilização de uma conjunção é feita com sentido distinto do original. Nesses casos, a conjunção assume outro valor semântico:

O atleta esforçou-se bastante e não conseguiu a medalha.

A conjunção “e”, apesar de aditiva, tem valor semântico adversativo, isto é, introduz termo contrário ao exposto na outra oração.

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