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CARTA NARRATIVA

Uma carta narrativa é um documento formal escrito que relata uma história a um certo destinatário. O primeiro documento oficial de literatura registrado no Brasil foi a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D.Manoel de Portugal. Nesta carta, Caminha relata os principais acontecimentos da expedição comandada por Pedro Álvares Cabral às Índias e a chegada da frota de à nova terra, descrevendo o que encontraram e os costumes daquele povo sem vestes. Isso nos mostra que carta narrativa é um gênero textual bem antigo e muito utilizado por todos os povos, com diversas finalidades.

A seguir, serão apresentados alguns trechos que se referem aos primeiros contatos dos portugueses com as populações indígenas e com as terras que deram origem ao nosso país.

Leia com atenção os fragmentos selecionados e, em seguida, responda às questões propostas.

Trecho 1

A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, fino na ponta como um furador. (…)

Os cabelos deles são lisos. E os usavam cortados e raspados até acima das orelhas. E um deles trazia como uma cabeleira feita de penas amarelas que lhe cobria toda a cabeça até a nuca (…).

Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, eles se tornaria, logo cristãos, visto que não aparentam ter nem conhecer crença alguma. Portanto, se os degredados que vão ficar aqui aprenderem bem a sua fala e só entenderem, não duvido que eles, de acordo com a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer na nossa santa fé. Isso há de agradar a Nosso Senhor, porque certamente essa gente é boa e de bela simplicidade. E poderá ser facilmente impressa neles qualquer marca que lhes quiserem dar, já que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens. E creio que não foi sem razão o fato de Ele nos ter trazido até aqui.

Trecho 2

Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta mais ao Sul até a outra ponta ao Norte, do que nós pudemos observar deste porto, é tão grande que deve ter bem ou vinte e cinco léguas de costa. Ao longo do mar, têm, em algumas partes, grandes barreiras, uma vermelhas e outras brancas; e a terra é toda chã e muito formosa. O sertão nos pareceu, visto do mar, muito grande; porque a estender os olhos não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.

Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem os vimos. Contudo, a terra em si é de bom clima, fresco e temperado, como os de Entre-D’Ouro-E-Minho, nesta época do ano. As águas são muitas; infinitas. De tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem!

Glossário

Chã: plana

Degredado: exilado

Entre-D’Ouro-E-Minho: regiões litorâneas de Portugal

Légua: representava para os portugueses, 5512 m.

Sertão: refere-se ao interior das terras encontradas.

Até mesmo uma carta pessoal descrevendo experiências de uma pessoa é considerada uma carta narrativa. Portanto, independente do propósito, o formato de uma boa carta narrativa é o mesmo.

1. Apresente-se para que o destinatário imediatamente saiba sobre quem é a história.

2. Coloque uma frase ou pergunta que atraia a atenção no parágrafo inicial da carta narrativa.

3. Comece a contar a história no segundo parágrafo da carta narrativa. Mantenha o formato comum de uma história, como se estivesse escrevendo um livro curto. Faça isso em um ou dois parágrafos. A história deve ter início, meio e fim muito claros.

4. Encerre a carta narrativa voltando à frase ou à pergunta inicial. Ligue-a à sua história e ao motivo pelo qual está escrevendo a carta para o destinatário.

5. Conclua a carta agradecendo pelo tempo do leitor em ler sua história.

Partes da Carta Pessoal:

Podem se dividir as cartas pessoais nas seguintes partes:

1. Cabeçalho – Na margem superior esquerda escrevem-se tanto o local como a data em que a carta é redigida.

2. Saudação e vocativo – Coloque na margem do parágrafo e separe por vírgula. Pule uma linha para o início do texto. Há várias formas de expressar a saudação, em geral utiliza-se: “Querido/querida”; “Caro/cara”, ou dependendo do grau de intimidade: “Oi, tudo bem?”; até saudações formais: “Estimado/ estimada”.

3. Corpo do texto;

Nessa parte se redige a informação que se quer transmitir. Normalmente, inicia-se com um parágrafo introdutório sobre o objetivo da carta. Coloque uma frase ou pergunta que atraia a atenção no parágrafo inicial da carta narrativa.

Comece a contar a história no segundo parágrafo da carta narrativa. Mantenha o formato comum de uma história, como se estivesse escrevendo um livro curto. Faça isso em um ou dois parágrafos. A história deve ter início, meio e fim muito claros.

Encerre a carta narrativa voltando à frase ou à pergunta inicial. Ligue-a à sua história e ao motivo pelo qual está escrevendo a carta para o destinatário.

Ex.: Por fim encontrei um pouco de tempo para poder te contar tudo que passei nestas últimas semanas…

4. Despedida – Existem diferentes formas de se despedir em uma carta, dependendo do interlocutor, do grau de intimidade, do objetivo da carta. As mais comuns: “Com carinho”; “Um abraço”; “Atenciosamente” e “Saudações”.

5. Assinatura – Depende do que a banca vai pedir. Normalmente assina-se com iniciais do nome e sobrenome ou um apelido: L.P.S.A; Seu melhor amigo; Um jovem angustiado; etc.

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EXEMPLO DE PROPOSTA DE CARTA NARRATIVA

Universidade Estadual do Ceará – 2017

Prezado Vestibulando,

Procurando manter a linha de reflexão sobre fatos, ideias, pessoas, sentimentos, etc. que se impõem nos dias atuais, pensamos em uma proposta de escrita que trouxesse o passado para o presente e que desse margem a uma discussão sobre as possibilidades de uma convivência saudável entre eles, isto é, os valores do passado e os valores do presente. Por isso escolhemos para o exame vestibular 2017.1 o tema amizade, em toda a sua complexidade e amplitude.

Será que a pressa que caracteriza o nosso mundo deixará espaço e tempo para o cultivo de sentimentos como a AMIZADE, um sentimento que nem nasce nem se fortalece da noite para o dia; que é algo a ser cultivado? Dizem Capiba e Hermínio Bello de Carvalho que “Amigo é feito casa que se faz aos poucos… E com paciência pra durar pra sempre”.

Reflita sobre as ideias expressas nos quatro textos de apoio alusivos à amizade. Procure captar em cada um deles a essência do que os autores acham que é a amizade. Selecione neles as características de um bom amigo. Escolha uma das propostas a seguir e componha seu texto.

Proposta

Escreva uma carta a um amigo narrando um fato que você acredita ser uma demonstração da verdadeira amizade.

Texto 1

Resolução das Nações Unidas

Em 27 de abril de 2011, durante a sexagésima quinta sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, dentro do tratamento da “Cultura de Paz”, reconheceu-se “a pertinência e a importância da amizade como sentimento nobre e valioso na vida dos seres humanos de todo o mundo” e decidiu-se designar como Dia Internacional da Amizade 30 de julho, em concordância com a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade. A iniciativa foi apresentada conjuntamente por 43 países (incluindo o Brasil e quase todos os países sul-americanos), e foi aceita unanimemente pela Assembleia Geral.

Texto 2

Canção da América

Amigo é coisa pra se guardar

Debaixo de sete chaves,

Dentro do coração.

Assim falava a canção que na América ouvi,

mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,

mas quem ficou, no pensamento voou,

com seu canto que o outro lembrou

E quem voou no pensamento ficou,

Com a lembrança que o outro cantou.

Amigo é coisa pra se guardar

No lado esquerdo do peito,

mesmo que o tempo e a distância digam não,

mesmo esquecendo a canção.

O que importa é ouvir a voz que vem do coração.

Pois, seja o que vier,

Venha o que vier

Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar

Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.

(Milton Nascimento)

Faça seu esquema para treinar

1 – Cabeçalho
2 – Saudação e vocativo
3 – Corpo do texto;
4 – Despedida
5- Assinatura

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