Estude com quem mais aprova. escolha um plano e faça parte dos milhares de alunos que são aprovados todos os anos com o Proenem
Pesquisar

Estude para o Enem totalmente grátis

COMPETÊNCIA 1: SUA REDAÇÃO E A GRAMÁTICA

COMPETÊNCIA 1: SUA REDAÇÃO E A GRAMÁTICA

DO QUE SE TRATA?
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa

COMO A BANCA PONTUA?

ALGUMAS DÚVIDAS COMUNS

LETRA CURSIVA OU DE IMPRENSA?

Para o Enem, a letra só precisa ser legível. Há vestibulares que tiram ponto pelo uso da letra de forma. Não é o caso do ENEM. Caso opte pelo emprego da letra de forma, procure distinguir bem (pelo tamanho) maiúsculas e minúsculas.

RASURA TIRA PONTO?

Não. Mas tome cuidado com a limpeza e apresentação do texto.

ESCREVI O NOME DO AUTOR ERRADO. E AGORA?

Via de regra, não perde ponto.

COMO GRAFAR PALAVRAS ESTRANGEIRAS?

A convenção gramatical sugere o emprego de aspas. Apesar de o ENEM não ter tirado ponto nas últimas edições por isso, convém acostumar-se com a forma correta e adequada.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ERRO E INADEQUAÇÃO?

Neste material, entenderemos como erros aquelas formas em desacordo com a norma escrita e que são desprestigiadas também na oralidade.

Exemplo:

“Pobrema” no lugar de “problema” não é aceito na escrita tampouco na fala. Já a inadequação se refere a formas típicas da oralidade que não devem ser usadas na redação escrita. Por exemplo, “pra” em vez de “para”, “aí” como conectivo. Também não é aceita a palavra “você” como marca de impessoalidade.

PODE USAR “E” ANTES DE “ETC.”?

ETC. é a abreviatura (e não abreviação) da expressão latina et coetera, que significa e outras coisas.
Isso induz a gramática às seguintes considerações para o seu texto:

1. É proibido o uso da conjunção aditiva “e” antes do ETC.

2. Etc. sempre vem seguido de ponto, ainda que esteja no meio da frase.

3. Etc. representaria a enumeração de “coisas”; portanto muitos gramáticos julgam como erro ou inadequação seu uso para enumeração de pessoas.

4. A vírgula antes de ETC. é facultativa.

O QUE É TRANSLINEAÇÃO?

Translineação é a separação silábica empregada ao texto.

Nem todas as separações possíveis no vocábulo isolado podem ocorrer nele quando aparece no texto. A tradição da língua escrita, por exemplo, condena que num texto haja vogal isolada no começo ou no final da palavra quando você muda de linha.

Exemplo:

Vocábulo: área

separação isolada possível: á-re-a

separação no texto: á-rea (errado)

separação no texto: áre-a (errado)

CONCLUSÃO: a palavra “área” jamais pode ter suas sílabas separadas dentro de uma redação.

O QUE DIZ A BANCA?

De acordo com o Manual de Redação do Inep para 2018, também serão apenados possíveis problemas de construção sintática e a presença de desvios (gramaticais, de convenções da escrita, de escolha de registro e de escolha vocabular). Em relação à construção sintática, o candidato deve estruturar as orações e os períodos de seu texto sempre buscando garantir que eles estejam completos e contribuam para a fluidez da leitura. Ainda de acordo com o manual, quanto aos desvios, você deve estar atento aos seguintes aspectos:

• Convenções da escrita: acentuação, ortografia, separação silábica, uso do hífen e uso de letras maiúsculas e minúsculas.

• Gramaticais: concordância verbal e nominal, flexão de nomes e verbos, pontuação, regência verbal e nominal, colocação pronominal, pontuação e paralelismo.

• Escolha de registro: adequação à modalidade escrita formal, isto é, ausência de uso de registro informal e/ou de marcas de oralidade.

• Escolha vocabular: emprego de vocabulário preciso, o que significa que as palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e são apropriadas para o texto.

COMO VENCER A COMPETÊNCIA 1?

Como vimos, a competência 1 avalia o uso da escrita à luz da correção e adequação da língua em relação ao texto formal. Flexão verbal, ortografia, translineação e concordância representam algumas das preocupações dos candidatos nesse sentido. Apesar de você contar com esses conteúdos nas aulas de gramática, trouxemos para você as principais orientações relacionadas aos desvios gramaticais mais encontrados nas redações em relação à grafia, acentuação, pontuação e crase:

GRAFIA
aja e haja

Exemplos:

É preciso que não haja (verbo haver) descuido. Aja (verbo agir) com cuidado, Carlinhos.

Ouve e houve

• Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do singular
• Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª pessoa do singular

Mal e mau

• Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de bem: Dormi mal. (bem). Equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo. Conjunção subordinativa temporal, equivale a assim que, logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente.

• Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural = maus; feminino = má. Você é um mau exemplo (bom). Substantivo: Os maus nunca vencem.

DICA: Cuidado com vocábulos homônimos, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas têm significados diferentes.

Mas e mais

• Mas: conjunção adversativa (ideia contrária), equivale a porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.

• Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: Há mais flores perfumadas no campo.

Onde e aonde

• Onde: indica o lugar em que se está; refere-se a verbos que exprimem estado, permanência. Exemplo: Onde fica a farmácia mais próxima?

• Aonde: indica ideia de movimento; equivale a para onde somente com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja, a + onde. Exemplo: Aonde vão com tanta pressa?

Os porquês

• Por que: escreve-se separado quando ocorre: preposição por + que – advérbio interrogativo (exemplo: por que você mentiu?); preposição por + que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais (exemplo: a cidade por que passamos é simpática e acolhedora.) (por que = pela qual); preposição por + que – conjunção subordinativa integrante, neste caso, inicia a oração subordinada substantiva (exemplo: não sei por que tomaram esta decisão.) (por que motivo ou razão).

• Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interrogação, exclamação, reticências. O monossílabo passa a ser tônico (forte), devendo, pois, ser acentuado. Exemplo: O show foi cancelado, mas ninguém sabe por quê. (final de frase); Por quê? (isolado).

Porque: conjunção subordinativa causal, equivale a: pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de que; exemplo: Não fui ao encontro porque estava acamado. Conjunção subordinativa explicativa, equivale a: pois, já que, uma vez que, visto que; exemplo: Mas a minha tristeza é sossego porque é natural e justa. Conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo), equivale a para que; exemplo: Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.

• Porquê: funciona como substantivo e vem sempre acompanhado de um artigo ou determinante; exemplo: não foi fácil encontrar o porquê daquele corre-corre.

Senão e se não

• “Senão”: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa nenhuma senão criticar.
• “Se não”: equivale a “se por acaso não” em orações adverbiais condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá desta situação crítica

Tampouco e tão pouco

• Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
• Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta semana.

Traz e trás

• “O termo “trás” (com acento e grafado com “s”) tem o mesmo significado de atrás, detrás. Tem função de advérbio de lugar, vem sempre acompanhado de uma preposição, formando com esta uma locução adverbial.

Exemplos:
– Ela olhou para trás e se arrependeu do que fez.
– O menino surgiu de trás da moita.

• O termo “traz” (sem acento e escrito com “z”) tem o mesmo significado de conduzir, transportar, causar, ocasionar, oferecer. É a conjugação do verbo “trazer” na terceira pessoa do singular do indicativo ou na primeira pessoa do singular do imperativo.

Exemplos:
– Ele traz notícias boas para nós!
– A água contaminada da enchente traz doenças à população, como a leptospirose.”

ACENTUAÇÃO

• Influência, com acento, é substantivo; influencia, sem acento, é verbo na 3ª pessoa do singular.

Exemplos: Professores costumam ter influência (substantivo) sobre os alunos. / Esse professor sempre me influencia (verbo).

• Evidência, com acento, é substantivo; evidencia, sem acento, é verbo na 3ª pessoa do singular.

Exemplos: Há evidências (substantivo) que as coisas darão errado! A foto evidencia (verbo) a beleza da modelo.

• É, com acento, significa o verbo “ser”; E, sem acento, significa conjunção.

Exemplos: Pedro é (verbo) inteligente. / Pedro e (conjunção) José são amigos.

• Está, com acento, é verbo na 3ª pessoa do singular; esta, sem acento, é um pronome.

Exemplos: O Brasil está (verbo) numa grande crise financeira. / Esta (pronome) cidade é maravilhosa.

• País, com acento, indica uma região geográfica; pais, sem acento, indica uma relação de parentesco.

Exemplos: O nosso país está no continente americano. / Meus pais estão em casa.

Atenção à grafia do verbo ter e seus derivados (manter, suster, entreter, reter, etc.). Lembre-se de que são grafados, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, com um acento circunflexo, para diferenciar da terceira pessoa do singular. Exemplos: ele tem x eles têm / ele mantém x eles mantêm / ele retém x eles retêm. As mesmas observações servem para o verbo vir e seus derivados em tais circunstâncias: ele vem x eles vêm / ele sobrevém x eles sobrevêm.

CRASE

Não use crase antes de verbo no infinitivo. Essa é uma regra clássica que facilmente pode ser decorada.

Exemplos:

“Ele começou a soluçar de tanta felicidade. ”

“A menina estava a desistir da prova quando ouviu um barulho.”

Não se usa crase antes de algumas formas pronominais.

A crase não pode ser utilizada com pronomes pessoais (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas), demonstrativos (esse, essa, isto, esta), indefinidos (um, uma, uns), tratamento (Vossa Excelência, Vossa Alteza…).

Exemplos:

“Pedi a ele vir até aqui. ”

“Falarei com a Vossa Excelência sobre sua sugestão. ”

“Dei a essa menina meu telefone de contato. ”

Em expressões como: “dia a dia”, “cara a cara”, “frente a frente”, por exemplo, não se pode usar o acento indicativo de crase.

Dica: Verifique se o nome próprio aceita ou não artigo feminino antes de colocar o acento indicativo de crase.

Não ocorre o acento indicativo de crase quando o “a” estiver no singular e a palavra feminina seguinte estiver no plural: o “a” é apenas preposição, exigida pelas palavras que vêm antes, conforme sinalização. Use:

Não assisto às cenas de terror OU Não assisto a cenas de terror.

Entregou-se às férteis cogitações OU Entregou-se a férteis cogitações.

Lembre-se de que crase é a fusão de duas vogais idênticas. Utilizamos o acento grave (`) para indicar a contração da preposição com artigos ou pronomes.

Exemplos:

Edna precisa ir [a] (preposição) + a (artigo definido feminino singular) classe de português. Assim, o enunciado deve ser construído assim: “Edna precisa ir à classe de português”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “ir”, pois o verbo indica movimento em direção a algum lugar.

O acento indicativo de crase usado está equivocado. Não há crase porque o termo regente não é preposicionado, logo, não há preposição. Lembre-se de que a crase é a junção da preposição “a” + artigo “a”, o que gera a fusão “à”.

PONTUAÇÃO

Procure estudar a diferença entre o uso da vírgula e o do ponto final seguido de um novo período (alguns chamam de ponto continuativo) e o ponto final (conhecido também como ponto parágrafo).

Procure estudar a diferença entre o uso da vírgula e o do ponto continuativo. NÃO houve um término em seu período oracional, portanto, use uma vírgula; não um ponto continutivo.

Recomenda-se o emprego da vírgula antes da conjunção “e” quando há orações aditivas de sujeitos diferentes a fim de criar-se uma leitura mais clara. Exemplo: João pegou suas coisas, e Isabel se trancou no quarto. [“João” pratica a ação de pegar; Isabel, a de trancar-se no quarto.

A vírgula é opcional depois de adjunto adverbial deslocado que tenha até três palavras. Use a vírgula para destacar a informação do adjunto adverbial: Na terça-feira, a comissão temporária que examina a modernização do Código de Defesa do Consumidor (CDC) debateu a necessidade de regras para publicidade infantil. Use sempre a vírgula para separar o adjunto adverbial longo que estiver deslocado. “Na reunião de ontem, a CRE aprovou a indicação de Affonso Emílio de Alencastro Massot para o cargo de embaixador no Líbano.”

Não use vírgula após a conjunção integrante e a tese.

Exemplos:
João disse que, sairá amanhã. (errado).
João disse que sairá amanhã (certo).

Não se usa vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem diretamente uma ligação entre si. Eis as seguintes ocorrências:

a) Para separar sujeito do predicado:
Os alunos | estão todos eufóricos à espera dos resultados.
   Sujeito               Predicado

b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direto.
Entreguei | aos clientes | os pedidos.
                Objeto indireto    Objeto direto

c) Entre o nome e o adjunto adnominal ou o complemento nominal.
Seu relógio | de pulso | foi apreciado por todos.
              Adjunto Adnominal

Você tem amor |  à profissão.
                            Complemento Nominal

Além disso, deve-se usar vírgula antes de conjunções adversativas, como: mas, porém, contudo e entretanto. Lembre-se de que ela deve ser usada mesmo em títulos.

Exemplo dentro do texto:

– Este não é o projeto ideal, mas é tudo aquilo que foi possível discutir – acrescentou.
– Numa situação extrema, portanto, o próprio Tesouro poderia se valer daqueles recursos que os servidores estivessem acumulando em suas contas individuais – observou.

Exemplo no título:

CPI do Cachoeira será prorrogada, mas ainda falta definir prazo.

É importante lembrar que quando o texto apresenta muitos desvios de pontuação e os truncamentos prejudicam a estruturação sintática do parágrafo, ou seja, quando prejudicam a compreensão por parte da banca em relação ao sentido que você quer transmitir em sua redação, o texto revela um domínio PRECÁRIO da modalidade escrita da língua portuguesa. Para que isso não ocorra, é importante que você tenha cuidado com os erros de pontuação, evite períodos longos demais e dê preferência ao uso de orações diretas (sujeito + verbo + complementos). Desta forma, as informações estarão claras e objetivas.

Procure estudar as regras de pontuação. Em especial o uso de dois pontos (:), e o uso de ponto e vírgula (;). De modo geral, esses pontos são mais estilísticos. Só faça o uso deles se você tiver certeza de que seu emprego esteja correto.

Use vírgula para isolar orações e termos explicativos.

Exemplos:

No programa Visite o Congresso, parceria entre o Senado e a Câmara, a visitação acontece todos os dias.

Segundo Aguirre Estorillio, coordenador de Visitação Institucional da Secretaria de Relações públicas do Senado, o material está disponível em inglês, espanhol e francês, o que facilita a compreensão e a interatividade nas visitas.

Os trabalhos do Parlatino ocorreram na cidade de Oranjestad, capital de Aruba, na América Central.

Use vírgula para isolar termos e orações deslocados.

Exemplos:

Ele se disse espantado, pois acreditava que, depois das eleições, os políticos estariam mais ativos no uso das mídias sociais.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, a presidente sancionou a medida provisória. / A presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, sancionou a medida provisória. / A presidente sancionou a medida provisória em cerimônia no Palácio do Planalto. (ordem direta).

Use vírgulas após expressões como:

• Nesse sentido
• Dessa forma
• Sendo assim
• Dessa maneira
• Se por um lado, (…) ; por outro lado
• Diante disso
• Por conseguinte, etc.

Use vírgula antes de locuções conjuntivas em casos como: “visto que”, “já que”, “dado que” etc.

Exemplos:

A violência tem crescido em nossa cidade, já que o número de homicídios aumentou significativamente.

NÃO use vírgula após locuções conjuntivas em casos como: “visto que”, “já que”, “dado que” etc. Usar vírgula apenas se houver um termo ou uma oração que a exija.

Exemplos:

A violência tem crescido em nossa cidade, já que, nos últimos dois anos, o número de homicídios aumentou significativamente.

Portanto, se você já sabe que acentuação, crase e pontuação é o que mais tira ponto dos candidatos no ENEM, é importante que você já se organize e aprenda (e não decore) essas regras de uso para garantir esses pontos na sua avaliação.

Quer aquele empurrãozinho a mais para seu sucesso?

Baixe agora o Ebook OS SEGREDOS DA REDAÇÃO NOTA 1000, gratuitamente!

Precisando de ajuda?

Entre em contato agora

👋E aí, ProAluno! Em que posso te ajudar?
Central de Vendas Central do Aluno